🧨 Lula chama Bolsonaro de “fujão” e afirma que ele “se borrou todo” após derrota eleitoral
Durante uma cerimônia oficial em Minas Gerais nesta quinta-feira (24/07), o presidente **Luiz Inácio Lula da Silva (PT)** não poupou críticas ao ex-presidente **Jair Bolsonaro (PL)**. Chamando seu adversário de “fujão”, Lula afirmou que Bolsonaro “se borrou todo” depois da derrota nas eleições de 2022, ao mesmo tempo em que denunciou suposta tentativa de golpe e envolvimento do filho, o deputado **Eduardo Bolsonaro (PL‑SP)**.
🎤 O contexto e o discurso
O presidente estava em Minas Novas (Vale do Jequitinhonha), durante evento que marcou o lançamento de parte do novo **PAC para Educação Escolar Indígena e Quilombola**, com investimento de R\$ 1,17 bilhão para construção de escolas e alojamentos em comunidades tradicionais. Foi nesse momento que Lula usou o palco para atacar Bolsonaro:
> "O cara que tentou dar golpe, não teve coragem de me esperar, fugiu como rato. Ele se borrou todo, perdeu as eleições, ficou em casa chorando, dizendo que não podiam me deixar tomar posse. Preparou um golpe", declarou Lula ([RedeTV!][1], [Metrópoles][2], [CNN Brasil][3]).
O presidente aproveitou a fala para criticar também o filho do ex-presidente:
> "Mandou o filho dele sair como deputado federal e ir para Washington pedir a Trump intervenção no Brasil. Isso é falta de caráter, uma vergonha", completou ([CNN Brasil][3]).
⚖️ Acusações e comparações históricas
Lula argumentou que a Polícia Federal e autoridades judiciais chegaram a esse esquema de articulação golpista e já há indiciamentos. Ele afirmou que, se a Justiça considerar os autos do processo, Bolsonaro deve ser responsabilizado e até preso:
> "Ele vai para o xilindró, sim, senhor", afirmou o presidente ([Jovem Pan][4]).
Em seguida, Lula traçou paralelo com sua própria experiência durante o período da Lava Jato, dizendo que jamais cogitou fugir do país ou aceitar medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica. Segundo ele, preferiu manter sua dignidade:
> “Fiquei 583 dias preso, recusei tornozeleira de aço. Não troco dignidade por liberdade. Não sou pombo-correio!”, declarou ([Jovem Pan][4]).
🌐 Repercussão imediata
O tom agressivo do discurso repercutiu rapidamente nas redes sociais e na imprensa. Em plataformas como Twitter/X e Instagram, comentaristas aliados de Lula elogiaram o posicionamento, enquanto apoiadores de Bolsonaro criticaram o uso de linguagem considerada ofensiva ou desnecessária.
Mesmo entre alguns setores jornalísticos, houve debate sobre o impacto das palavras do presidente e o nível de tensão no ambiente político ([Pleno.News][5], [Revista Oeste][6]). Para muitos, embora Lula tenha o direito à liberdade de expressão, o episódio marca uma guinada mais marcada na retórica presidencial.
🧾 Interface entre política e investidas externas
A fala também teve motivação externa: Lula mencionou que o governo de Donald Trump anunciará uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Ele responsabilizou Eduardo Bolsonaro por ter atuado junto à Casa Branca como forma de retaliar o Brasil — e pressionar o Supremo Tribunal Federal ([CNN Brasil][3]). O governo brasileiro classificou a medida como retaliação política, enquanto vai intensificando tratar diplomático.
🧭 O que está em jogo?
A repercussão do discurso de Lula se dá em meio a um contexto de polarização intensa, com tensões entre os poderes Executivo, Judiciário e a oposição. A ofensiva pública do presidente busca desgastar politicamente o ex-chefe ao mesmo tempo em que reforça sua imagem como resistente institucional — especialmente depois de sua própria prisão e retorno à presidência.
Pesquisas recentes indicam queda na reprovação ao governo Lula após impasses com o Congresso sobre reformas tributárias, mas também mostram rejeição crescente em setores bolsonaristas. O embate verbal reforça liderança interna, mas pode inflamar ainda mais o clima de polarização.
🔍 Resumo em tópicos
| Aspecto | Detalhes principais |
| ---------------------------- | ------------------------------------------------ |
| **Críticas a Bolsonaro** | "Fujão", "se borrou todo" após derrota |
| **Acusações de golpe** | Tentativa de impedir posse de Lula |
| **Citação a Eduardo** | Chamado de "vergonha" por atuar nos EUA |
| **Comparação com Lava Jato** | Lula recusou tornozeleira, não fugiu |
| **Contexto** | Evento em Minas Gerais sobre Educação |
| **Retaliação de Trump** | Tarifa de 50% a produtos brasileiros |
| **Polarização política** | Discurso repercute entre apoiadores e opositores |
🧭 Conclusão
O discurso de Lula desta quinta teve o objetivo claro de reafirmar seu protagonismo e criticar duramente seu adversário. Ao chamar Bolsonaro de “fujão” e evocar sua própria trajetória de luta, o presidente reforça sua imagem como figura resiliente e confronta diretamente acusações de golpe.
Apesar do tom contundente, a ofensiva pública também intensifica a polarização no país, elevando o debate político e acirrando as tensões entre as alas ideológicas. Resta acompanhar como a oposição responderá e se o STF ou outras instituições reagirão às provocações.