Polêmica: Alberto Guerra fala em injustiça após Flamengo conseguir liminar de R$ 77 mi


Introdução: Bomba no futebol nacional

O futebol brasileiro vive nova polêmica envolvendo o Flamengo, a Liga Brasileira de Clubes (LIBRA) e fortes críticas vindas do Grêmio. O presidente do clube gaúcho, Alberto Guerra, elevou o tom contra uma ação judicial movida pelo clube carioca que pode afetar financeiramente equipes menores. A discussão, que vai muito além de rivalidade, coloca em jogo princípios de solidariedade, justiça e regulamentos dentro das ligas de futebol — espiritual que mexe com o coração de quem acompanha o esporte.


A ação do Flamengo e o impacto na LIBRA

O Flamengo obteve uma liminar na Justiça do Rio de Janeiro que impede que a LIBRA faça pagamentos de R$ 77 milhões destinados a outros clubes, distribuídos por meio dos acordos de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Essa medida já gerou mal-estar generalizado entre equipes que dependem desses recursos para se manter, sobretudo clubes menores que têm orçamento apertado. 

A justificativa do Flamengo é de que o contrato vigente com a LIBRA não reflete o retorno financeiro que o clube geraria. De acordo com sua visão, a divisão atual dos valores da televisão favorece demais os demais participantes e penaliza o Flamengo em termos de receitas. O clube entende que existe um desequilíbrio que deveria ser revisto


Alberto Guerra sobe o tom: críticas à atitude do líder carioca

Alberto Guerra, presidente do Grêmio, foi firme em suas declarações. Para ele, a decisão do Flamengo é “inaceitável”, uma vez que prejudica clubes de menor porte mais do que beneficia o próprio Flamengo. Guerra sustenta que esse tipo de disputa deveria ser tratada com diálogo coletivo dentro da liga, e não com medidas judiciais que bloqueiem recursos já acordados. 

Ele ressaltou que essa postura, além de gerar um difícil impasse institucional, põe em risco a sustentabilidade de clubes que contam com cada parcela de receita. Na visão de Guerra, os clubes mais frágeis ficam com menos margem de manobra diante de decisões como esta, que ameaçam seus planos de folha, estrutura ou investimento.


Como a LIBRA reagiu e visão dos outros clubes

Em resposta à ação do Flamengo, a LIBRA repudiou formalmente o comportamento do clube carioca. A liga afirma que não tem problema com o Flamengo em si, mas sim com a abordagem adotada — que pode representar precedentes perigosos para a divisão de direitos de transmissão entre todos os clubes envolvidos.

Outros clubes, especialmente os menores, também expressaram preocupação. Para esses times, os R$ 77 milhões que podem deixar de ser pagos representam uma fatia essencial de seus orçamentos. A redução ou bloqueio desse montante pode comprometer desde pagamentos de atletas, custos operacionais até manutenção de infraestrutura. Todos apontam para a necessidade de garantias de mecanismo de divisão justa e transparente.


Reflexões sobre o princípio de solidariedade esportiva

Um dos pontos centrais desse conflito é a solidariedade entre clubes. No futebol, contratos e negociações financeiras são importantes, mas há o entendimento, dentro de ligas e entidades esportivas, de que o sucesso de uma competição depende da saúde de todos os participantes. Se clubes menores se enfraquecem — por falta de receita ou por decisões judiciais —, a competição perde competitividade, e o espetáculo também.

Além disso, o uso da Justiça para resolver disputas desse tipo levanta questões sobre se há caminho alternativo. Assembleias, negociações internas, regulação clara de contratos e tratados coletivos de clubes são exemplos de meios que muitos acreditam ser mais saudáveis do que litígios. Se cada clube buscar resolver isoladamente, o cenário pode se tornar instável.


Possíveis cenários futuros

  • Ação judicial e recursos: O processo poderá seguir na Justiça, com apelações, liminares reversas, expressões de efeito suspensivo, etc. Há risco de prolongamento e instabilidade para clubes que aguardam esses recursos.

  • Negociação interna dentro da LIBRA: Se houver disposição, Flamengo e demais membros da liga podem chegar a um acordo político-institucional para revisar contratos ou estabelecer fórmulas de divisão que sejam vistas como mais justas.

  • Consequências nos bastidores: O clima de animosidade pode gerar desconfiança entre clubes, enfraquecer alianças dentro da liga, afetar negociações futuras de TV, mídia, patrocínios etc.

  • Impacto esportivo e financeiro para clubes menores: Muitos dependem desses repasses para competir. Se os valores forem efetivamente bloqueados ou fragmentados, pode haver atrasos, diminuição de investimento, e em casos extremos até risco de inadimplência.


 mais do que futebol, é uma questão de justiça

O que está em jogo vai muito além de Flamengo x Grêmio ou disputa de cargos. É um debate sobre como o futebol brasileiro quer se organizar financeiramente, sobre responsabilidade coletiva e respeito aos clubes que não têm a mesma capacidade de gerar receitas que os grandes. O equilíbrio dessa balança é fundamental para que torneios sejam realmente competitivos, justos e viáveis para todos.

A atitude do Flamengo pode ter fundamentos contratuais, mas provocou reações fortes justamente porque toca no cerne de solidariedade, transparência e ética esportiva. Alberto Guerra expressa a indignação de muitos que veem as instituições do futebol como parte de algo maior — não apenas times rivais, mas membros de uma liga que precisa garantir estabilidade para todos.



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