## Flamengo perde fôlego após Mundial e desempenho ofensivo preocupa
Depois de um início promissor na temporada e uma campanha sólida até o Mundial de Clubes, o Flamengo voltou ao Brasil com um rendimento ofensivo abaixo do esperado. A queda na média de gols é nítida: antes do torneio, o time marcava mais de dois gols por jogo; agora, esse número caiu para pouco mais de um por partida.
Os números revelam muito mais do que uma simples oscilação. Antes do Mundial, o time comandado por Filipe Luís apresentava uma média de 2,18 gols por jogo. Após a competição, essa média despencou para 1,16. A queda também é visível nos chamados “gols esperados”, métrica que indica a qualidade das chances criadas: de 1,67 por jogo, caiu para 1,00.
O empate recente contra o Ceará ilustra bem esse momento instável. O Flamengo até saiu na frente com um gol de Arrascaeta, mas viu o rendimento cair drasticamente no segundo tempo, permitindo o empate após uma falha individual do goleiro Rossi. O time não conseguiu reagir e deixou mais dois pontos pelo caminho.
Mesmo liderando o Campeonato Brasileiro e tendo a melhor defesa da competição, o desempenho ofensivo continua oscilando. Nos últimos sete jogos, em apenas dois o time conseguiu marcar mais de um gol. Em cinco partidas, o placar ficou restrito a um único gol — e em duas ocasiões, o time sequer conseguiu balançar as redes. O ataque, que antes era uma das armas mais letais do elenco, parece ter perdido intensidade e criatividade.
Outro fator que chama atenção é a previsibilidade nas jogadas ofensivas. O Flamengo tem encontrado dificuldade para furar defesas bem postadas, especialmente contra equipes que adotam um estilo mais reativo. Faltam variações táticas, triangulações rápidas e movimentações surpreendentes no setor ofensivo. O time depende cada vez mais de bolas paradas ou lançamentos longos, o que limita sua capacidade de criação.
Ciente da situação, a diretoria foi ao mercado e trouxe reforços importantes: jogadores como Emerson Royal, Carrascal, Samuel Lino e até mesmo Saul Ñíguez foram contratados para ampliar o leque de opções no elenco. A expectativa é que essas novas peças possam trazer mais dinamismo ao setor ofensivo e ajudem o time a reencontrar o caminho dos gols.
O técnico Filipe Luís reconhece que o momento exige ajustes. Em entrevistas recentes, ele tem destacado o desgaste físico acumulado pela sequência de jogos e a necessidade de recuperar a confiança coletiva. A cobrança da torcida também aumentou, principalmente nas redes sociais, onde muitos questionam a intensidade do time e as escolhas táticas do treinador.
O Flamengo, apesar de competitivo, precisa reencontrar o equilíbrio entre defesa sólida e ataque eficiente. Os próximos jogos serão decisivos para saber se a equipe conseguirá retomar a regularidade ofensiva e manter a liderança do campeonato com autoridade.
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