Saiba por que Abel não pretende usar Gabigol como centroavante no Flamengo

Saiba por que Abel não pretende usar Gabigol como centroavante no Flamengo
Gabigol ficou só no quase nos três primeiros jogos vestindo a camisa rubro-negra Foto: Marcelo Regua / Agência O Globo

Contra o Boavista, o titular fez gol, e o reserva também. Já teve golaço de bicicleta de um e tapa por cobertura de outro na pré-temporada. O fato é que Henrique Dourado e Uribe não deixam Abel Braga titubear em um conceito que ele tem sobre o papel dos atacantes. Como resultado, o treinador nem cogita escalar Gabigol, o cara que tem a 9 na camisa, como centroavante no Flamengo.
Ao se aproximar o fim do período de rotação do elenco — contra a Cabofriense, domingo, será a última oportunidade —, o técnico rubro-negro terá que tomar escolhas mais definitivas sobre quem faz parte do time principal e qual função cada um exercerá.



O ponto de partida é que Abel gosta de ter atacantes de presença de área e imposição física nas equipes que comanda. Na visão dele, isso é fundamental para alcançar um objetivo: a verticalidade. Por mais agudo que Gabriel seja, o treinador do Flamengo não vê nele características que casem com esse pensamento. E isso não tem a ver com o fato de o jogador ainda não ter feito gol nos três jogos nos quais esteve em campo.

— Como temos que propor jogo, eu prefiro um cara mais agudo lá dentro, um cara mais de área, que prenda dois zagueiros. E aí esses jogadores de movimentação sabem quebrar linhas, Gabriel, Éverton Ribeiro, Arrascaeta e o próprio Bruno Henrique — explicou o treinador, que vê em Gabigol um "falso nove".

Mas, como já se viu neste Estadual, isso não quer dizer que Gabriel não possa circular pela faixa central do gramado. A questão é que Abel já identificou que pode explorar melhor as características do jogador se usá-lo pelas extremidades.

— Contra o Resende e hoje (contra o Boavista), ele teve situações de jogar por dentro do campo. É um grande jogador. Mas eu o senti muito mais à vontade pelo lado — admitiu o treinador.

Na prática, Abel identifica em Gabigol um elemento para impor temor nos rivais. O lateral-esquerdo Jean, do Boavista, ficou mais inibido após as mexidas de peças que o Flamengo teve no segundo tempo da vitória por 3 a 1.

— Às vezes você coloca o jogador em determinado momento, e ele coloca medo no adversário. Quando o Gabriel foi para o lado direito, o lateral não subiu mais. Era uma jogada forte no primeiro tempo que deixou de existir. Gostei muito. É parecido com o Éverton Ribeiro quando joga pela direita, só que de forma aguda — comentou um satisfeito Abel, prevendo a agradável dor de cabeça na hora de montar o Fla ideal.

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